Manifesto contra Edgar Navarro

Ok, eu posso estar ganhando meia dúzia de milhares de pessoas para me contestar. E posso estar equivocado sobre meu manifesto, e posso estar outro milhão de coisas...
Mas o fato é que eu venho aqui para trazer esse desabafo, esse manifesto, contra a figura da opressão, contra a figura do uso do poder para o mal, da arrogância e da grosseria e do esquecimento.
Contra a figura do pop star Navarro.

Não gostei, não gostei mesmo Sr. Edgar Navarro, de mais uma vez ver sua figura "poética revolucionária" se manifestar em situações como essas lamentáveis que ocorreram hoje no III Seminário de Cinema, no TCA. E pior: Farto de ver pessoas mais patéticas que o senhor, passando a mão na sua cabeçinha, poderoso senhor cineasta da Bahia (e mendigo!), cujas grosserias são sempre encaradas como geniais, como resultados de sua feiúra, de sua arte frustrada, de sua visão equivocada ao fazer e representar cinema.

Triste poesia foi o que mais uma vez algumas pessoas de bem tiverem que ver (e rir) hoje no TCA. Porque vossa senhoria mais uma vez abusou do poder que lhe foi concedido, que lhe foi atribuído, só que desta vez com uma pessoa que não merecia e não podia se defender, o Sr. Setaro.
Porque fazer CINEMA é isso, é ter poder. É conquistar massas, é ser compreendido, é ter o umbigo de fora para dentro, é ser acariciado – porque diferentemente de Beléns, você é um blockbuster, como diria Pierry, do cinema baiano - e usaria todo essa poder, toda essa malicia para mais um espetáculo seu de vanguarda atrasada e frustrada para avacalhar o discurso de André Setaro sobre o fazer cinema aqui na Bahia. E assim foi feito, fora sua mise-en-scene, sua performance da gravatinha, dos engravatados poucos minutos antes de sua agressão a classe e platéia do TCA, cujo tema nada tinha haver com o cinema Baiano, tema da porra da palestra...

O seu desrespeito com Sr. André Setaro foi gravíssimo. Como se ninguém tivesse o direito de falar, de provocar, e de falar mal das coisas e das pessoas. O que você quer Edgar é justamente essa alegoria ao seu redor, pessoas mais patéticas do que o senhor lhe dizendo "parabéns" pelo espetáculo, lhe dizendo que o que você pensa e faz é certo. Esquecendo toda a história daquele homem, Setaro (que você mandou tomar no cú e pediu para expulsar da mesa) do Cinema Baiano. E ainda me vem Jorge Alfredo, querendo falar sobre "três historias da Bahia", dando uma de engraçadinho e sabe tudo do cinema Baiano, quando na verdade tudo o que acontece é... E Roberto Pires? Hoje eu vi todo mundo falar dele, de Redenção, de seu pioneirismo, grande homem e kikiki... mas será que ninguém lembra quando o mesmo voltou de fora para fazer o filme por ter ganhado o edital, foi EXCOMUNGADO, chamado de ladrão sei lá que porra para que as três histórias da Bahia pudesse ser feita por "baianos"?
....era isso que você queria saber Jorge Alfredo? Ou ninguém lembra disso?

As pessoas hoje pareciam querer transformar o seminário num outdoor de pensamentos, de política, de estrelismo... e se esqueceram de discutir...o cinema BAIANO!!!!!
Eu parabenizo a senhora Maria do Socorro, ao André Setaro, ao Roque Araújo coitado, que só quer ser lembrado também, ao mediador Pierry e a Cláudio Marques(maravilhoso), que muitíssimo bem falou com muita sensatez uma coisa que ninguém nunca discute, nunca reflete: Cadê as discussões sobre a estética dos filmes, do fazer cinema? As pessoas, assim COMO aqui na LISTA CINEBA, como no SEMINÁRIO DE CINEMA, só querem discutir POLITICA, ou só querem aparecer Sr. Edgar?
O que aconteceu hoje no TCA, é um reflexo dessa lista, a Cineba .


E de coração: Recomendo você Edgar Navarro, que peça desculpas urgente e publicamente ao colega André Setaro, urgente. Se você não concorda com as palavras dele, ótimo.Eu também não concordei com NADA do que você disse e no entanto não lhe mandei tomar no cú e não sai gritando pelo TCA. Não sou bicho, nem primata nem poeta.
E espero que de coração(olha ele aqui novamente) você não me mande TOMAR NO CÚ.
Porque ainda não fiz nenhum filme, não fiz nada...não sou niguem.